RAÍZES ARTIFICIAIS: SOLIDÃO, TECNOLOGIA E TOTALITARISMO NA VIDA CONTEMPORÂNEA
PDF

Palavras-chave

Solidão
Tecnologia
Totalitarismo Digital
Alienação
Big Nudge

Como Citar

Finato Piresa, J., & Korquievicz Morbini, F. (2024). RAÍZES ARTIFICIAIS: SOLIDÃO, TECNOLOGIA E TOTALITARISMO NA VIDA CONTEMPORÂNEA. REVISTA ESMAT, 16(28), 95–115. https://doi.org/10.29327/270098.16.28-9

Resumo

Na sociedade atual, a solidão tornou-se um paradoxo evidente. A tecnologia conecta as pessoas globalmente ao mesmo tempo em que as distancia, gerando certo vazio existencial. O pacto oferecido pelas grandes empresas de tecnologia promete infinitas possibilidades em troca de dados pessoais, levando à exclusão daqueles que não aderem a ele – atitude que se assemelha a um novo tipo de totalitarismo, menosvisível, mas igualmente controlador. Desde a revolução industrial, o controle sobre a vida humana tem se intensificado, agora exacerbado pela digitalização das relações e do mundo. As análises de Hannah Arendt sobre as raízes do totalitarismo, presentes neste artigo, servem como trampolim para compreender a relação entre totalitarismo e tecnologia na sociedade contemporânea. Este trabalho se baseia na adoção deuma abordagem metodológica dialética, com enfoque no método procedimental monográfico. Emprega-se a técnica de pesquisa qualitativa, apoiada em pesquisa documental bibliográfica.
https://doi.org/10.29327/270098.16.28-9
PDF

Referências

AMARAL, Margarida Gomes. Alienação, deserto e naufrágio: três metáforas para uma compreensão da geometria do tempo em Hannah Arendt. Lisboa, 2010. 745 f. Tese (Doutorado em Filosofia). Universidade de Lisboa.

ARENDT, Hannah. “What remains? The language remains”: a conversation with Günter Gaus. In: KOHN, Jerome (Ed.). Essays in understanding: 1930-1954 – formation, exile, and totalitarianism. New York: Schocken Books, 1994. E-book.

ARENDT, Hannah. A condição humana. 13. ed. rev. Tradução de Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2020. E-book.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo: antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia de Bolso, 2013. E-book.

ARISTÓTELES. A política. Tradução de Nestor Silveira Chaves. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

BARTHES, Roland. Aula: aula inaugural da Cadeira de Semiologia Literária do Colégio de França. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Cultrix, 2013.

BENAVIDES, Sofía. EUA, México, Rússia: veja países que vão realizar eleições em 2024. Disponível em: https://t.ly/Hiscw. Acesso em: 24 fev. 2024.

CORREIA, Adriano. Hannah Arendt e a modernidade: política, economia e a disputa por uma fronteira. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.

CRARY, Jonathan. 24/7: capitalismo tardio e os fins do dono. Tradução de Joaquim Toledo Jr. São Paulo: Cosac Naify, 2014. E-book.

FELIPE, Bruno Farage da Costa; MULHOLLAND, Caitlin Sampaio. Filtro bolha e big nudging: a democracia participativa na era dos algoritmos. Revista Direitos Fundamentais e Democracia, Curitiba, v. 27, n. 03, p. 6-18, set./dez. 2022.

FIGUERAS, Borja Muntadas. Colonización de la vida cotidiana y totalitarismo digital. Sobre cómo la tecnología gobierna nuestras vidas. strolabio: Revista Internacional de Filosofía, Barcelona, n. 26, p. 1-11, dez. 2022.

FISHER, Max. The chaos machine: the inside story of how social media rewired our minds and our world. New York: Little, Brown and Company, 2022.

GONÇALVES, Nicole Pilagallo da Silva Mader. O risco da crise do Poder Legislativo para o Estado Democrático de Direito: a necessária reconstrução da esfera pública, o resgate do político e a reformulação da democracia. Revista Direitos Fundamentais e Democracia, Curitiba, v. 05, n. 05, p. 1-33, 2009.

GUEDES, Marcelo Santiago. Os impactos do efeito bolha causado pelos algoritmos do Facebook para o direito de resposta. Boletim Científico ESMPU, Brasília, a. 16, n. 50, p. 67-85, jul./dez. 2017.

HAN, Byung-Chul. Não-coisas: reviravoltas do mundo da vida. Tradução de Rafael Rodrigues Garcia. Petrópolis: Vozes, 2022.

HAN, Byung-Chul. No enxame: perspectivas do digital. Tradução de Lucas Machado. Petrópolis: Vozes, 2018.

HAN, Byung-Chul. No enxame: perspectivas do digital. Tradução de Lucas Machado. Petrópolis: Vozes, 2018.

HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Tradução de Maurício Liesen. Belo Horizonte: Editora Âyiné, 2018.

KELLY, Kevin. Inevitável: as 12 forças tecnológicas que mudarão nosso mundo. Tradução de Cristina Yamagami. São Paulo: HSM, 2017.

LAFARGUE, Paul. O direito à preguiça. [s.l.]: eBooksBrasil.com, 2005. E-book.

LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. 8. reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

LONGO, Erik. The risks of social media platforms for democracy: a call for a new regulation. In: CUSTERS, Bart; FOSCH-VILLARONGA, Eduard (Eds.). Law and artificial intelligence: regulating AI and applying AI in legal practice – v. 35. Berlin: Springer, 2022, p. 169-186.

LORENZETTO, Bruno Meneses. O problema do alinhamento de valor: a inteligência artificial, as normas, e considerações sobre a programação de valores nas máquinas. In: ALVITES, Elena; POMPEU, Gina Marcilio; SARLET, Ingo (Orgs.). Direitos fundamentais na perspectiva da democracia interamericana. Porto Alegre: Fundação Fênix, 2021, p. 183-198.

LORENZETTO, Bruno Meneses. O silêncio das sereias: tempo, direito e violência na modernidade. Curitiba, 2010. 173 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal do Paraná (UFPR).

MÍDIA DADOS BRASIL 2023. Disponível em: https://t.ly/yJxhC. Acesso em: 8 fev. 2024.

MOHOLY-NAGY UNIVERSITY OF ART AND DESIGN. Philosopher, culture theorist Byung Chul-Han’s Commencement Speech. YouTube, 12 jul. 2022. Disponível em: https://t.ly/uqraW. Acesso em: 8 fev. 2024.

MONTEIRO, Suze Martins Franco. A influência da cultura midiática na subjetividade humana. Cadernos da Fucamp, Campinas, v. 22, n. 59, p. 142-150, 2023.

MOROZOV, Evgeny. To save everything, click here: the folly of technological solutionism. New York: Public Affairs, 2013.

PARISER, Eli. O filtro invisível: o que a internet está escondendo de você. Tradução de Diego Alfaro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 2012.

PESSOA, Fernando. Obra poética: volume único. 3. ed., 22. impr. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

PIRES, Joyce Finato; BERBERI, Marco Antonio Lima. Paródia artificial: como os deepfakes têm aberto novos caminhos para se discutir direitos autorais. In: NOGUEIRA, Humberto; ALVITES, Elena; SCHIER, Paulo; SARLET, Ingo W. (Orgs.). Anais da VIII Jornada da Rede Interamericana de

direitos Fundamentais e Democracia – v. 1. Porto Alegre: Fundação Fênix, 2021, p. 577-593.

PIVA, Ana Luiza; BESSA, Fabiane Lopes Bueno Netto. O público e o privado em Hannah Arendt e a crise da cultura jurídica individualista em face dos desafios do desenvolvimento sustentável. Revista Direitos Fundamentais e Democracia, Curitiba, v. 03, n. 03, p. 1-22, 2008.

RICOEUR, Paul. O justo 1. Tradução de Ivone C. Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

RIFKIN, Jeremy. La era del acceso: la revolución de la nueva economía. Barcelona: Paidós, 2000.

RUSSELL, Bertrand. Elogio ao ócio. Tradução de Pedro Jorgensen Júnior. Rio de Janeiro: Sextante, 2002.

SILVA, Gabriela Rangel da. Tecnologia e relação de trabalho: impactos na vida do trabalhador contemporâneo. Curitiba: Juruá, 2019.

THALER, Richard H.; SUNSTEIN, Cass R. Nudge: improving decisions about health, wealth and happiness. New Haven: Yale University Press, 2008.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 REVISTA ESMAT